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Caminho de Torres
O Caminho de Torres adota o nome do seu mais célebre peregrino, o escritor salmantino Diego de Torres Villarroel. É um itinerário jacobeu que percorre antigas estradas medievais que ligavam Salamanca e o interior de Portugal ao ocidente peninsular e às vias litorais que permitiam o acesso a Santiago de Compostela. Ao longo de mais de 20 dias de caminhada neste Caminho de Santiago, os peregrinos desfrutam de um percurso que é diverso e tem identidade própria, que é duro e ao mesmo tempo fascinante, que é desconhecido e afinal tem tantos pontos de interesse para o culto a Santiago. O Caminho de Torres passa por quatro sítios classificados como património mundial e seis catedrais. No concelho de Lamego o Caminho de Torres atravessa as freguesias de Ferreirim, União de Freguesias de Cepões, Meijinhos e Melcões, Lamego, Sande, União de Freguesias de Parada do Bispo e Valdigem. Diego de Torres Villarroel escolheu um itinerário do Caminho de Santiago pouco documentado para realizar a sua peregrinação. Fê-lo porque existia caminho. A dimensão histórica deste percurso é uma surpresa para os peregrinos atuais. Ele proporciona o contacto com antigos mosteiros e albergarias, onde os viajantes pernoitavam, e é servido por um número considerável de pontes medievais e modernas, evocadoras de antigas rotas de viagem. Pelo meio, há um conjunto impressionante de marcas do culto a Santiago, por vezes em lugares tão remotos que não pode deixar de causar espanto o impacto das tradições jacobeias na história do interior de Portugal.
O acesso a Lamego por sudeste, a travessia do rio Douro ou o acesso à estrada medieval que ligava Amarante a Braga, passando por Guimarães, são aspetos da autenticidade deste Caminho de Santiago e das suas profundas raízes na Idade Média.
(caminhodetorres.pt)