Artesanato
Lamego, cidade de uma cultura muito peculiar, tem demonstrado o seu património além fronteiras, através da mestria de artesãos naturais deste concelho que têm preservado ao longo dos séculos a identidade lamecense e atraído inúmeros curiosos, visitantes e turistas.
O amor à arte é evidente na elaboração dos artefactos, que preparados com o engenho e minúcia dos artistas, criam obras tradicionais em áreas muito distintas como cestaria, tanoaria, olaria, marcenaria, cantaria, funilaria, tecelagem, máscaras em madeira de amieiro, passando pelo ferro forjado, que constituem autênticos tesouros lamecenses.
As albardas, cabeçadas, correias e outros utensílios para animais, são também elementos representativos do nosso artesanato.
A cestaria é uma das artes mais típicas de Lamego e está associada aos métodos tradicionais de fazer a Vindima. Durante séculos, os cestos em madeira de castanho foram usados para transportar as uvas para as camionetas, que as levariam para os lagares e onde os típicos chapéus de palha usados de sol a sol na lavoura do dia-a-dia, permitem reviver memórias que se vão perdendo no tempo.
Associada ao vinho está a tanoaria, as pipas e tonéis em madeira de carvalho continuam a ser elementos associados à cultura e aos hábitos locais, que compõem a qualidade do vinho e o tornam singular. Hoje, constituem um dos mais simbólicos aspectos do artesanato e é por amor à tradição que muitos mestres resistem às novidades do progresso e continuam a fabricá-los manualmente, como nos velhos tempos.
Na freguesia de Lazarim, as máscaras de Carnaval esculpidas em madeira de amieiro são um dos ex-líbris, uma verdadeira obra de arte, e constituem motivo de orgulho da população lamecense. A festa do Entrudo está entre as mais emblemáticas da região e movimenta milhares de pessoas vindas de todas as zonas do país e até mesmo do mundo.